A comemoração do 70.º
aniversário da libertação do campo de concentração-extermínio de Auschwitz foi
assinalada no Agrupamento com a exposição Holocausto.
Durante oito dias, a comunidade
escolar pôde inteirar-se dos principais aspetos dos horrores vividos por
milhões de pessoas nos campos de concentração e extermínio sob domínio nazi.
O
enquadramento histórico foi realizado através de cartazes cedidos,
temporariamente, Memoshoá, Associação
Memória e Ensino do Holocausto. Nesses, os visitantes puderam aperceber-se da
evolução de segregação/perseguição que as instituições políticas alemãs tiveram
perante a comunidade judaica na década de 30 do século XX. Mais, concretamente,
no período que antecedeu a ascensão de Adolf Hitler ao poder e, a partir do
momento em que esse se tornou chanceler da Alemanha.
Seguiu-se
um espaço destinado à divulgação das condições sub-humanas de vida, refeições,
trabalhos pesados, execuções e experiências científicas a que estiveram
sujeitos milhares de homens, mulheres e crianças prisioneiros da política
racial e antissemita da ideologia nazi.
Os
alunos acompanhados pelos professores ou individualmente mostraram-se
surpreendidos e chocados com a capacidade desumana com que o regime ditatorial
nazi tratou mais de 1,5 milhões de crianças.
Elementos
mais frágeis de qualquer sociedade, muitas crianças e jovens vivenciaram
situações que hoje dizem, os sobreviventes, lhes causaram traumas no decorrer
das suas vidas: a separação das suas famílias, o assistir à morte dos
familiares, a sujeição a trabalhos pesados e as experiências médicas atrozes.
Na
exposição, os visitantes testemunharam a existência de alguns desses medos e
sentimentos com a observação e análise de ilustrações realizadas por jovens
adolescentes que viveram momentos difíceis de descrever durante o holocausto.
Associada
à condição de prisioneiro de campo de concentração e extermínio, estava uma
réplica de um fato de preso do Holocausto. Com essa réplica os alunos
perceberem que todos aqueles (judeus, Testemunhas de Jeová, negros, ciganos,
homossexuais, deficientes físicos e mentais, eslavos, …) que entravam nos
campos eram classificados com emblemas consoante a sua condição política,
orientação sexual, religião, …
Para
os discentes mais jovens foi dado o testemunho de dedicação à escrita e à leitura
pela breve biografia dos momentos mais marcantes da vida e publicação da obra de
Anne Frank; a todos um sinal de esperança na Humanidade com a divulgação das
ações de altruísmo de um Justo
português Aristides de Sousa Mendes.
A
complementar às visitas guiadas à exposição foi difundida uma lista no canal youtube da biblioteca com 14
documentários acerca do holocausto, expostos livros, DVD, postais, fotografias,
objetos das cerimónias religiosas judaicas e recentes artigos de jornal sobre o
tema.
No dia 2 de fevereiro, com o apoio da Memoshoá, os alunos do 9.º ano
assistiram às palestras proferidas pelo Dr. António Martins sobre a existência
dos Justos entre as Nações e a
abordagem dos feitos dos Justos
portugueses.