Blogue da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Sande.

quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Exposição Holocausto

        A comemoração do 70.º aniversário da libertação do campo de concentração-extermínio de Auschwitz foi assinalada no Agrupamento com a exposição Holocausto.
           Durante oito dias, a comunidade escolar pôde inteirar-se dos principais aspetos dos horrores vividos por milhões de pessoas nos campos de concentração e extermínio sob domínio nazi.
O enquadramento histórico foi realizado através de cartazes cedidos, temporariamente, Memoshoá, Associação Memória e Ensino do Holocausto. Nesses, os visitantes puderam aperceber-se da evolução de segregação/perseguição que as instituições políticas alemãs tiveram perante a comunidade judaica na década de 30 do século XX. Mais, concretamente, no período que antecedeu a ascensão de Adolf Hitler ao poder e, a partir do momento em que esse se tornou chanceler da Alemanha.
Seguiu-se um espaço destinado à divulgação das condições sub-humanas de vida, refeições, trabalhos pesados, execuções e experiências científicas a que estiveram sujeitos milhares de homens, mulheres e crianças prisioneiros da política racial e antissemita da ideologia nazi.
Os alunos acompanhados pelos professores ou individualmente mostraram-se surpreendidos e chocados com a capacidade desumana com que o regime ditatorial nazi tratou mais de 1,5 milhões de crianças.
Elementos mais frágeis de qualquer sociedade, muitas crianças e jovens vivenciaram situações que hoje dizem, os sobreviventes, lhes causaram traumas no decorrer das suas vidas: a separação das suas famílias, o assistir à morte dos familiares, a sujeição a trabalhos pesados e as experiências médicas atrozes.
Na exposição, os visitantes testemunharam a existência de alguns desses medos e sentimentos com a observação e análise de ilustrações realizadas por jovens adolescentes que viveram momentos difíceis de descrever durante o holocausto.




Associada à condição de prisioneiro de campo de concentração e extermínio, estava uma réplica de um fato de preso do Holocausto. Com essa réplica os alunos perceberem que todos aqueles (judeus, Testemunhas de Jeová, negros, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e mentais, eslavos, …) que entravam nos campos eram classificados com emblemas consoante a sua condição política, orientação sexual, religião, …
Para os discentes mais jovens foi dado o testemunho de dedicação à escrita e à leitura pela breve biografia dos momentos mais marcantes da vida e publicação da obra de Anne Frank; a todos um sinal de esperança na Humanidade com a divulgação das ações de altruísmo de um Justo português Aristides de Sousa Mendes.
A complementar às visitas guiadas à exposição foi difundida uma lista no canal youtube da biblioteca com 14 documentários acerca do holocausto, expostos livros, DVD, postais, fotografias, objetos das cerimónias religiosas judaicas e recentes artigos de jornal sobre o tema.
No dia 2 de fevereiro, com o apoio da Memoshoá, os alunos do 9.º ano assistiram às palestras proferidas pelo Dr. António Martins sobre a existência dos Justos entre as Nações e a abordagem dos feitos dos Justos portugueses.